Como funciona a inversão de fases na Nova Lei de Licitações

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Como Funciona a Inversão de Fases na Nova Lei de Licitações

A revisão do sistema licitatório, trazida pela nova legislação, trouxe inovações que alteraram o processo licitatório. Uma dessas mudanças é a inversão de fases, uma ferramenta que tem como objetivo proporcionar maior transparência e eficiência aos processos licitatórios.

No entanto, muitos gestores públicos ainda têm dúvidas sobre a implementação desse procedimento. Este artigo visa esclarecer o que é a inversão de fases, seus benefícios e como ela deve ser aplicada conforme as diretrizes da nova Lei de Licitações.

O Que É a Inversão de Fases?

A inversão de fases é uma inovação no processo licitatório que visa melhorar o fluxo das etapas do certame. Tradicionalmente, os processos licitatórios seguem uma sequência fixa: publicação da licitação, recebimento das propostas, análise e habilitação dos participantes, realização do procedimento licitatório (se for o caso), homologação da adjudicação e assinatura do contrato.

Com a inversão de fases, esses processos podem ser reordenados para que certas etapas ocorram simultaneamente. Isso significa que não é mais necessário aguardar até a conclusão de uma fase antes de iniciar outra. Por exemplo, após publicação da licitação, os órgãos públicos podem concomitantemente receber as propostas e realizar o pré-moção, sem esperar pela habilitação completa dos participantes.

Benefícios da Inversão de Fases

1. Melhora na Transparência:
A inversão de fases permite que os processos licitatórios sejam acompanhados em tempo real por todos os envolvidos, garantindo uma maior clareza sobre as etapas do certame.

2. Aumento da Eficiência:
Com a redução de prazos desnecessários entre as fases e a possibilidade de realizar atividades simultaneamente, os processos licitatórios se tornam mais eficientes.

3. Maior Inclusão:
A inversão de fases também pode contribuir para aumentar o número de participantes em certames, pois elimina barreiras que podem afastar concorrentes.

4. Redução de Custos:
Ao otimizar os processos e acelerar as etapas do certame, a inversão de fases também reduz custos operacionais para o órgão público.

Como É Implementada?

A inversão de fases deve ser aplicada de forma que respeite as diretrizes da Lei de Licitações. Cada órgão público deve elaborar sua própria metodologia, mas algumas orientações básicas são comuns:

– Publicação e Recebimento Simultâneo:
Após a publicação do edital, o órgão pode simultaneamente receber propostas de todos os participantes.

– Pre-Moção em Fase Paralela:
A realização da pré-moção ou qualquer outra atividade de avaliação pode ocorrer enquanto as demais etapas estão em andamento.

– Monitoramento Contínuo:
O órgão público deve manter um acompanhamento contínuo do processo, garantindo que todas as etapas sejam cumpridas adequadamente.

Exemplos Práticos

Um exemplo claro de inversão de fases é a realização da pré-moção durante o período em que as propostas são recebidas. Isso permite aos órgãos públicos avaliar as propostas e identificar eventuais irregularidades antes mesmo do encerramento das inscrições.

Outro exemplo pode ser a homologação parcial da licitação, permitindo que o contrato entre em vigor gradualmente conforme as etapas são cumpridas. Isso proporciona maior flexibilidade ao processo licitatório e contribui para uma gestão mais eficiente dos recursos públicos.

Conclusão

A inversão de fases é um recurso valioso que, quando usado corretamente, pode trazer muitos benefícios à administração pública. Ao permitir a realização de atividades em paralelo e aumentar a transparência do processo licitatório, ela contribui para uma gestão mais eficiente das licitações.

Se você deseja saber mais sobre como implementar essa ferramenta ou outras práticas recomendadas pela nova Lei de Licitações, siga-nos no Instagram [@replicitacoes] e fique por dentro das novidades!

Referências:
– [Decreto-Lei nº 5.172/2004 – Lei de Licitações](https://www.planalto.gov.br/ccivil03/atos/DL%205172%20de%202004.htm)
– [Ministério Público Federal – Diretrizes para a Implementação da Inversão de Fases](https://www.mpf.mp.br/)
– [Instituto Brasileiro de Administração Pública (IBAP)](http://www.ibap.org.br/)

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